*Texto publicado originalmente no Pra Nós, ROLA!
Eu disse a mim mesma que não iria comprar "As Vantagens de Ser Invisível" até terminar todos os outros livros que tenho pra ler, mas a curiosidade de conhecer a obra original após ter assistido o filme foi maior. Durante a leitura, me deparei com um trecho um tanto quanto interessante onde o protagonista fala sobre o time de futebol do irmão mais velho:
"Eu sempre quis estar num time como esse. Eu não sei exatamente por quê, mas sempre achei que seria divertido ter 'dias de glória'. Depois, eu teria histórias para contar a meus filhos e colegas de golfe, Acho que poderia falar com as pessoas sobre o Punky Rocky e ir a pé da escola para casa e coisas assim. Talvez sejam estes os meus dias de glória, e eu não percebi ainda porque eles não envolvem uma bola."
Então eu parei pra pensar no que realmente significam esses "dias de glória". Todo mundo fala que o que a gente faz na juventude leva como histórias para o resto da vida e eu não discordo. Porém, creio que a gente não precisa necessariamente ter frequentado as festas que todo mundo vai, ter o corte de cabelo de todas as meninas da cidade e nem veranear naquela praia super badalada na qual todos os adolescentes vão.
Eu sempre ouvia da minha mãe "ah, mas você passa o dia inteiro nesse computador, o que você vai contar pros seus filhos da sua adolescência?" Ok, tudo bem que eu era (ainda sou) viciada em internet mas e daí? Tive ótimas experiências online. Conheci pessoas que, apesar de todo aquele blablabla sobre ter cuidado com quem você se relaciona no ~cyberespaço~, contribuiram (direta ou indiretamente) para que eu me divertisse, ampliasse meus horizontes mesmo sem sair de casa e ter contato com milhares de pontos de vista diferentes através de fóruns virtuais.
Posso não ter virado a noite em festas e shows repleto de gente da minha idade, mas virei a noite discutindo teorias da conspiração, ouvindo músicas boas (para mim) e batendo papo com gente de várias partes do Brasil e dando muita, mas muita risada com isso.
Posso não ter enchido a cara nem ter ficado com cinco caras na mesma noite no circo da folia durante o veraneio em pirangi como a grande maioria das pessoas da minha idade estavam fazendo na época, mas pode ter certeza que eu me diverti tanto quanto eles.
Eu me diverti vendo filmes na casa das minhas amigas enchendo a barriga de pipoca, refrigerante e brigadeiro (no regrets, just love para todas as minhas celulites), me diverti jogando videogame (mesmo que não fosse tão boa nisso), me diverti até indo passear somente no shopping (afinal de contas, quem nunca foi no midway pra ficar na game station que jogue a primeira pedra!) e me diverti muito, mas muito, no msn de madrugada, stalkeando perfis alheios do orkut, falando mal das pessoas da escola e passando o domingo inteiro deitada numa rede lendo a pilha de livros que ganhei de presente de aniversário.
O ponto é: Não importa quais foram as experiências vividas na sua vida e sim COMO elas foram vividas e aproveitadas. Se alguém que está lendo este texto se arrepende de não ter vivido sua adolescência loucamente como em skins (exemplo um tanto quanto exagerado, eu sei), pare e pense sobre tudo aquilo que você vivenciou que pode ter certeza que sempre terá algo que se lembrará com carinho e que vai te trazer boas lembranças. Quem sabe estes sim foram os seus verdadeiros "Dias de Glória".
Eu disse a mim mesma que não iria comprar "As Vantagens de Ser Invisível" até terminar todos os outros livros que tenho pra ler, mas a curiosidade de conhecer a obra original após ter assistido o filme foi maior. Durante a leitura, me deparei com um trecho um tanto quanto interessante onde o protagonista fala sobre o time de futebol do irmão mais velho:
"Eu sempre quis estar num time como esse. Eu não sei exatamente por quê, mas sempre achei que seria divertido ter 'dias de glória'. Depois, eu teria histórias para contar a meus filhos e colegas de golfe, Acho que poderia falar com as pessoas sobre o Punky Rocky e ir a pé da escola para casa e coisas assim. Talvez sejam estes os meus dias de glória, e eu não percebi ainda porque eles não envolvem uma bola."
Então eu parei pra pensar no que realmente significam esses "dias de glória". Todo mundo fala que o que a gente faz na juventude leva como histórias para o resto da vida e eu não discordo. Porém, creio que a gente não precisa necessariamente ter frequentado as festas que todo mundo vai, ter o corte de cabelo de todas as meninas da cidade e nem veranear naquela praia super badalada na qual todos os adolescentes vão.
Eu sempre ouvia da minha mãe "ah, mas você passa o dia inteiro nesse computador, o que você vai contar pros seus filhos da sua adolescência?" Ok, tudo bem que eu era (ainda sou) viciada em internet mas e daí? Tive ótimas experiências online. Conheci pessoas que, apesar de todo aquele blablabla sobre ter cuidado com quem você se relaciona no ~cyberespaço~, contribuiram (direta ou indiretamente) para que eu me divertisse, ampliasse meus horizontes mesmo sem sair de casa e ter contato com milhares de pontos de vista diferentes através de fóruns virtuais.
Posso não ter virado a noite em festas e shows repleto de gente da minha idade, mas virei a noite discutindo teorias da conspiração, ouvindo músicas boas (para mim) e batendo papo com gente de várias partes do Brasil e dando muita, mas muita risada com isso.
Posso não ter enchido a cara nem ter ficado com cinco caras na mesma noite no circo da folia durante o veraneio em pirangi como a grande maioria das pessoas da minha idade estavam fazendo na época, mas pode ter certeza que eu me diverti tanto quanto eles.
Eu me diverti vendo filmes na casa das minhas amigas enchendo a barriga de pipoca, refrigerante e brigadeiro (no regrets, just love para todas as minhas celulites), me diverti jogando videogame (mesmo que não fosse tão boa nisso), me diverti até indo passear somente no shopping (afinal de contas, quem nunca foi no midway pra ficar na game station que jogue a primeira pedra!) e me diverti muito, mas muito, no msn de madrugada, stalkeando perfis alheios do orkut, falando mal das pessoas da escola e passando o domingo inteiro deitada numa rede lendo a pilha de livros que ganhei de presente de aniversário.
O ponto é: Não importa quais foram as experiências vividas na sua vida e sim COMO elas foram vividas e aproveitadas. Se alguém que está lendo este texto se arrepende de não ter vivido sua adolescência loucamente como em skins (exemplo um tanto quanto exagerado, eu sei), pare e pense sobre tudo aquilo que você vivenciou que pode ter certeza que sempre terá algo que se lembrará com carinho e que vai te trazer boas lembranças. Quem sabe estes sim foram os seus verdadeiros "Dias de Glória".
