Um monte de texto solto. Alguns ruins, outros nem tanto.

We need to talk about Martha Jones

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*Publicado originalmente em Pra Nós, ROLA!

Oi, meu nome é Natália e eu me tornei o tipo de pessoa que até alguns meses atrás dizia que não queria me tornar: Uma Whovian.


Pra quem não sabe, Whovian é o nome dado aos fãs de Doctor Who. Sim, eu estou num nível de fangirlismo com esta série que não surgia em mim desde Harry Potter (tive uma breve passagem por crepúsculo, mas isso não vem ao caso) e a medida que comecei a ler notícias, seguir blogs e fanpages sobre a série, percebi que tem existe muita gente que não gosta da Martha Jones. Tudo que eu consigo pensar é:
Queria logo começar falando o quanto ela é capaz, corajosa, inteligente e forte muito antes do Doctor aparecer na vida dela. Ela é estudante de medicina, trabalha num grande hospital da região central de Londres, mora sozinha e resolve sua vida (e a dos familiares também, sendo o ponto de sustentação em meio à confusão que está presente) sem depender de ninguém. Sendo assim, ela sabe o quanto a família é importante. Mais até do que viajar no tempo e espaço.
Uma das grandes críticas é o fato dela ter uma queda pelo Doctor, como se ela tivesse entrado na série em substituição à Rose (em se tratando dos ~assuntos do coração~) e, mesmo sabendo que o sentimento não era recíproco, continuou o acompanhando. Pessoal, sejamos realistas: Todo mundo aqui (independente de ser homem ou mulher) já passou pela situação de começar a gostar de alguém e essa pessoa ainda estar em outra, mas a gente sempre insiste um pouco pensando que ela pode eventualmente olhar pra você e dizer "você é o máximo, fica comigo!".
Diferente de outras companions, ela escolhe deixar o Doctor, e, no momento que ela faz essa escolha, ela consegue tudo que ela quer: Sucesso, amor e, porque não, ajudar o Doctor (mesmo que indiretamente) a proteger a terra de seres intergaláticos. No entanto, o "tchau" a Martha não foi exatamente um "adeus", pois ao contrário de Rose e Donna (para restringir o texto à era 10th Doctor), ela foi embora numa perspectiva mais real e humana. Sério, olha que coisa maravilhosa o discurso final dela ao final da terceira temporada:
“I spent a lot of time with you thinking I was second best, but you know what? I am good… Right then. Bye. [she leaves for a moment.] Because the thing is, it’s like my friend Vicky. She lived with this bloke—student housing, five of them all packed in. And this bloke was called Sean. And she loved him. She did. She completely adored him. Spent all day long talking about him… He never looked at her twice. I mean he liked her. That was it. And she wasted years pining after him. Years of her life. ‘Cause while he was around she never looked at anyone else. And I told her, I always said to her, time and time again, I said, ‘Get out.’ So this is me, getting out.”
Podemos acrescentar também o fato dela ter passado um ano inteiro viajando pelo mundo em busca de uma arma poderosa o suficiente para destruir o master. Sozinha. Ela também segurou o forninho de estar presa em 1913 como uma empregada durante três meses quando o Doctor virou humano e não se lembrava de quem era e ainda precisou lidar com o fato de esconder e colocar em prática um plano para salvá-lo. Sozinha.
Em resumo: Martha Jones é incrível. Ela salva mundos, coloca seus sentimentos em primeiro lugar, é inteligente, esperta e suas ações giram em torno do que ela acha que é certo e a opção que vai manter todos a salvo.
Por mais mulheres e por mais companions como Martha Jones, por favor!

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